Presidente quer evitar votação da Emenda 29 e da PEC 300 no Congresso

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Dilma pede apoio da base para conter crise

Na reunião do Conselho político, a presidente Dilma Rousseff pediu ontem apoio aos partidos aliados para que não criem despesas sem fontes de receita. O pedido, antecedido por explicação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que a situação econômica mundial é grave e pode ficar pior, tem o objetivo de obter apoio dos parlamentares para que não votem, neste momento, medidas como a Emenda 29, que fixa percentual para gastos na saúde, e a PEC 300, que cria piso salarial nacional para bombeiros e policiais.

Segundo o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), Dilma afirmou que não acredita que a aprovação da Emenda 29 trará mais recursos para a área. A ideia é apresentar outras propostas que possam significar mais recursos para o setor. Uma delas é o Sistema Único de Saúde (SUS) cobrar dos planos particulares pelos atendimentos de média e alta complexidade. Vaccarezza reconhece, no entanto, que só esta medida não é suficiente.

Segundo o petista, em 2008, o governo gastou R$ 44,5 bilhões com a saúde. Em 2009, foram R$ 48,9 bilhões; em 2010, R$ 54,8 bilhões e a previsão é que, neste ano, o gasto atinja R$ 62,4 bilhões. “O governo federal já gasta mais do que a Emenda 29 prevê”, argumenta Vaccarezza.

 

Correio do Povo