Morre sargento do Corpo de Bombeiros que foi baleado ao reagir a assalto em agosto na Capital

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Vladimir Varella Escobar, de 43 anos, estava no hospital desde o dia do crime

Após 55 dias internado no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, morreu na manhã desta quarta-feira o sargento do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar Vladimir Varella Escobar, de 43 anos. Ele foi baleado no dia 18 de agosto ao reagir a uma tentativa de assalto em sua casa na Vila Ipiranga, em Porto Alegre.

O ataque foi praticado por quatro homens. Na troca de tiros, o bombeiro matou um dos assaltantes e os três outros fugiram. A cena foi testemunhada pela mulher e pela filha de Escobar.

O sargento estava na casa quando as duas chegavam de carro, por volta das 19h50min. O quarteto aproveitou o momento para atacar. Na garagem, porém, foram surpreendidos pelo bombeiro.

Munido de uma pistola .40, Escobar disparou contra Paulo César Cordeiro Ribeiro, 30 anos, que estava em liberdade condicional e tinha passagem pela polícia por assalto a lotérica e receptação, de acordo com o delegado Adilson Carrazzoni dos Reis, da 14ª Delegacia de Polícia Civil. Ribeiro caiu morto em um canto da garagem.

Houve troca intensa de tiros com os bandidos, que acabaram fugindo. Escobar restou no chão, ferido. A vizinhança, alarmada com o tiroteio, correu para auxiliar a família. Enquanto a mulher e a filha, em choque, recebiam apoio, o bombeiro era encaminhado para o Hospital Cristo Redentor.

— Ele disse para que o tirassem logo dali para levá-lo ao hospital porque ele não queria morrer no local — disse no dia do crime a nutricionista Adriana Lockmann, 37 anos.

Logo em seguida, o grupo fugiu. Próximo à casa do sargento, a polícia localizou um veículo Toyota Corolla, que seria clonado, e que teria sido usado pela quadrilha. Dentro do carro, havia diversos pertences, possivelmente de outras vítimas.

 

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