Plano de carreira – ASSTBM participa de debate com especialistas em segurança pública

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Em 17 de junho de 2013, segunda-feira, a Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar do rio Grande do Sul – ASSTBM, participou de um debate relacionado com o plano de carreira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. O debate, com Marcos Rolim especialista em segurança pública e o vereador Alberto Koptike, foi proposto pela Subcomissão do Plano de Carreira dos Militares Estaduais iniciou as 18 horas e além da ASSTBM participaram ABAMF, ABERGS, AOfSBM, Associações Independentes, deputados Altemir Tortelli e Jeferson Fernandes, assessorias dos deputados Ronaldo Santini, Daniel Bordignon e Zilá Breitenbach. Tortelli explicou aos dois visitantes o inicio e o andamento do movimento classista que visa a implantação de um novo plano de carreira para os militares estaduais. MARCOS ROLIM – Segundo Rolim, a segurança pública no Brasil é feita sem bases e sem nenhuma pesquisa científica e nosso modelo de polícia é único e pré-histórico, ou seja, temos duas metades de polícia e dentro de cada uma mais duas metades (oficiais x praças, delegados x agentes), continuando assim nunca teremos uma segurança pública de qualidade. Em todo o mundo civilizado a polícia faz tudo, investiga e prende enquanto no Brasil as polícias disputam as prerrogativas uma da outra e não há ciclo completo e nem carreira única. Na Inglaterra o policial entra como patrulheiro e permanece na profissão porque há uma expectativa de crescimento e ascensão na carreira. Enquanto aqui temos o absurdo da exclusão por altura, o que demonstra que a força é priorizada em detrimento do conhecimento. Frisou que no Acre já está adotada a carreira única e pode se notar que estão acontecendo coisas interessantes. Não adianta ter curso de direito, mas sim ser bacharel em segurança pública, bem como, um homem que só estudou, com 23, 25 anos, não tem a experiência adequada para comandar homens com muitas vezes 20 anos de profissão. Finalizando Rolim falou que carreira é mais importante que salário, pois o homem será um bom policial se tiver uma expectativa de ascensão, o que melhoraria consideravelmente o seu salário durante a carreira, e que precisamos de formação científica, se o policial não souber lidar com as pessoas não será um bom policial, salientou ainda que a exigência de  “NÍVEL SUPERIOR e CARREIRA ÚNICA” já são coisas que deveriam ter sido implementadas e só não foram pois os governos tem medo de enfrentar o corporativismo”ALBERTO KOPTIKE – Ao iniciar sua fala Koptike disse que todas as políticas sociais, saúde e educação, embora ainda carecendo de melhorias, mudaram. O que não mudou e também não está dando certo é a segurança pública, pois não há um “Ministério da Segurança Pública” e nem uma política de segurança pública. A maioria das polícias do mundo são modernas e possuem carreira única, enquanto isso a nossa Polícia Militar está contaminada pela política, ou seja, não precisa ser um bom policial, basta ser amigo de um político. Koptike ainda é a favor de uma desmilitarização no sentido de desvincular a PM do Exército Brasileiro, pois é inconcebível que polícia seja vinculada ao EB, também é a favor de que hajam as diversidades sociais na polícia para que esta se identifique com a sociedade. Finalizando, Koptike disse que quanto mais policiais menor será o salário, e que é preferível uma polícia bem treinada com servidores mais valorizados e que não há correlação entre aumento de efetivo e diminuição do crime. Ressaltou ainda que é importante conversar com a sociedade, pois o povo e os jovens em geral querem viver sem medo, e para isso precisa haver mudanças. Koptike também é a favor de “NÍVEL SUPERIOR e CARREIRA ÚNICA”. Representaram a ASSTBM os diretores Alex Caiel e Dagoberto Valteman.
 
Postado por Comunicação DEE ASSTBM
Fotos Dagoberto Valteman
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