SEGREGAÇÃO FUNCIONAL NA BRIGADA MILITAR, PENSEI QUE NÃO EXISTIA….

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Caros amigos, o desabafo que vou fazer hoje tem como motivo principal a massificação da mídia por igualdade, contra a segregação de qualquer tipo, contra o bullyng (Bullying (anglicismobullying, pronuncia-se AFI: [ˈbʊljɪŋ]) é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bullytiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder) e todas as outras formas de discriminação e intolerância que infestam nossa sociedade, mas que acreditei não fazer parte da nossa Brigada Militar.

Acordei cedo hoje e estava preparando um chimarrão matinal como faço todos os dias e escutando as notícias para me manter interado dos fatos, principalmente referentes a nossa “Briosa Brigada Militar”, quando repentinamente fui surpreendido por uma reportagem que me causou inicialmente surpresa, porém achei que tinha entendi mal, pois na chamada dizia: ” Comandante do Batalhão de Operações Especiais de  Santa Maria reúne  oficiais sob seu comando e profere ofensas aos Tenentes, chamando-os de oficiais de bosta e de meia espada”.

Confesso sinceramente que achei tratar-se de uma brincadeira que seria de forma hilária desmentido logo após, mas qual não foi minha surpresa quando a notícia foi dada e novamente reinterada, pois esse ” Oficial Superior”, realmente fez uma reunião após a assembleia das entidades de nível médio da Brigada Militar, onde estes pleiteiam seu direitos, e se achou no direito de “Assediar Moralmente” seus subordinados, “Desrespeita-los” e fez questão de o faze-lo perante os Capitães de sua unidade.

Eu fui para reserva remunerada da Brigada Militar, no momento onde toda a Corporação falava de uma policia mais humana e voltada para população, com respeito aos Direitos Humanos e as Garantias Individuais, e hoje depois de 13 anos na inatividade vejo que se não conseguimos respeitar nossos subordinados como vamos respeitar a sociedade a qual juramos defender.

Gostaria sinceramente de acreditar que esta atitude foi uma atitude isolada de um determinado “Oficial Superior”, porém em conversa com amigos que hoje estão na ativa, fiquei sabendo, que os tenentes estão sendo sistematicamente segregados do planejamento da instituição, não participam de reunião de oficiais, e de várias maneiras alijados do seu oficialato, pois até onde eu sei em qualquer lugar do mundo TENENTE é oficial, menos no Estado do Rio Grande do Sul.

Cabe aqui uma pergunta: Será que este “Oficial Superior” , manifestou um sentimento pessoal ou apenas refletiu o pensamento da grande maiorias dos Oficiais de Nível Superior da Brigada Militar?

O fato é que esta atitude não pode ficar impune e acredito que o Sr. Comandante Geral da Brigada Militar, portanto o comandante de “TODA” a Brigada Militar, não compactue com esse comportamento e que, não tenha conhecimento das aflições que estão passando estes oficiais dentro de seu comando, mas com certeza tomará providencias para que estes absurdos sejam corrigidos.

Gostaria também de deixar registrado, a grande satisfação que tive ao saber que a ASSTBM, indignada com o fato, protocolou documento à Presidência da Comissão dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, solicitando acompanhamento do caso e do, acredito eu, Inquérito Policial Militar.

 

 JORGE AUGUSTO TORQUATO ALVES

Tenente Coronel RR

Postado por Comunicação DEE ASSTBM