A psicologia e a psicologia.

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Uma coisa é a Brigada Militar, outra coisa é a Polícia Civil

Em favor dos leitores deste espaço, meus conselheiros me trouxeram alguns detalhes sobre de como, antes e/ou durante a Copa, a Brigada Militar, conforme acena o governo, poderá vir a ter ou não ter dois mil novos profissionais prontos em seu efetivo até o final deste ano, tema que abordei, em parte, há alguns dias. O assunto está sob reflexão e, por isso, abordo neste sábado uma outra aba da segurança pública gaúcha ao parafrasear Shakespeare: entre os poderes da Brigada Militar e os da Polícia Civil, soprados pelo Piratini, há muita cabala que a nossa filosofia profana não alcança. Sigam-me.

Inaptidão

A título de ilustração, lembro que, em determinado período da ditadura militar, policiais civis optaram por se transferir para a Brigada Militar, o que não exigia nada além do que o preenchimento de alguns formulários. Nada complicado. Sabemos que os tempos agora são outros e se tornou comum que profissionais da Brigada, de soldado a sargento, que concluíram curso superior, se inscrevam em concurso para escrivão ou inspetor na Polícia Civil e mesmo para delegado. Pois recentemente foi com grande surpresa que os policiais militares, soldados e sargentos, alguns com até 15 anos de experiência de policiamento, receberam o resultado de “inaptidão” no teste psicológico da Polícia Civil relativo ao concurso para inspetor e escrivão. Há, nisso, pelo menos, um desencontro de critérios entre os psicólogos da Brigada e os da Polícia Civil. A porcentagem de brigadianos considerados inaptos para ingressarem na Civil beira 70%. Entre os reprovados há PMs que tem assentamento como de comportamento “excepcional” na briosa. O RS da transversalidade está a cada dia mais esotérico.

Fonte: Wanderley Soares

Jornal O Sul

Postado por Comunicação DEE ASSTBM

O Sul