Jovens, imperitos e cruéis
Não é preciso ser gênio, basta um papo com algum policial experiente para traçar o perfil médio do ladrão envolvido em latrocínio: jovem, imperito no que faz e cruel, no sentido de que dá pouco valor à vida alheia e à sua própria. Muitas vezes, diante da reação da vítima, dispara, acabando com uma família e traçando seu destino rumo ao abismo da vida louca eufemismo que criminosos dão para a aventura de mergulhar no crime.
E por que o número de latrocínios deste mês é o maior em seis anos? Bom, aí é mais difícil buscar uma explicação. Pode ser um fenômeno de longo prazo ou até mesmo uma coincidência, já que só um estudo estatístico mais aprofundado definiria uma tendência. O certo é que latrocínio é crime contra o patrimônio, um delito relacionado ao policiamento preventivo e ostensivo. Quanto mais policial na rua, menos roubos se registra, isso é universalmente conhecido. Pois a carência de policiamento ostensivo, no Brasil feito pelas PMs, não chega ser novidade. É deficiência conhecida de todos.
Justiça seja feita, a BM até que faz blitze seguidas. O problema é que não se supre uma falta de mais de 4 mil policiais (para o número ideal) de uma hora para outra.
Fonte: Humberto Trezzi
Jornal Zero Hora
Postado por Comunicação DEE ASSTBM