Entidades da BM criticam comandante

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As três entidades de classe da Brigada Militar discordam das suspeitas levantadas pelo comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Fernandes, de que existem brigadianos envolvidos no incêndio de dez caminhonetes Nissan Frontier no pátio da Academia de Polícia Militar, no bairro Partenon, em Porto Alegre. O fato ocorreu em 24 de fevereiro. O presidente da Associação dos Oficiais, José Carlos Riccardi Guimarães, foi veemente em condenar a declaração do comandante dizendo que ele foi precipitado, referindo-se à falta de provas até o momento para apontar os responsáveis pelo atentado. “Toda a corporação foi enxovalhada”, reclamou, ressaltando esperar que sejam apresentados os responsáveis e tomadas as providências cabíveis.

José Carlos Guimarães lembrou, ainda, que outro atentado parecido, com duas viaturas queimadas no pátio da Secretaria da Segurança Pública, em julho de 2013, até agora não foi esclarecido.

O oficial criticou a falta de segurança destes locais.

Já o presidente da ASSTBM, Aparício Santelano, que representa tenentes e suboficiais, lamentou as declarações por não existirem provas, colocando sob suspeita todos brigadianos antes da conclusão do inquérito.

Se ele tem informações de quem foi, por que não prende?”, questionou Santelano. Para o presidente da Associação dos Soldados, Leonel Lucas, os autores do atentado devem ser punidos, sejam brigadianos ou não, mas o comandante “terá de se retratar, caso não fique comprovada a participação de policiais militares”. As três entidades de classe da corporação ameaçam ingressar com alguma ação judicial contra o comandante, caso as investigações concluam não haver envolvimento de brigadianos no atentado.

 

Fonte: Correio do Povo 08mar2014

Postado por Comunicação DEE ASSTBM

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