Tarso e Sartori demonstram preocupação com segurança e dívida do Estado

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thumbCandidatos ao governo do Rio Grande do Sul protagonizaram novo confronto na TV Record

Os candidatos ao governo José Ivo Sartori (PMDB) e Tarso Genro (PT) debateram neste domingo, na TV Record RS, as propostas para o futuro do Rio Grande do Sul. A exemplo do último encontro, os parlamentares protagonizaram um confronto direto e o petista voltou a pedir mais clareza sobre o programa de governo. Sartori, por outro lado, afirmou que oponente só estava acostumado a fazer promessas e não cumpri-las. Os temas da segurança e da renegociação da dívida do Estado são as principais preocupações dos candidatos.

Na próxima quarta-feira, a Rádio Guaíba realizará um debate entre candidatos, a partir das 13h30min, no programa “Esfera Pública”. O encontro terá mediação dos jornalistas Taline Oppitz e Juremir Machado da Silva.

Segurança

Tarso Genro: A questão da segurança não está bem, mas está melhor do que Pernambuco, Santa Catarina e outros locais. Aqui não tem incêndios de ônibus. Questão da segurança pública é grave. O que é preciso saber quem está fazendo o encaminhamento correto. Mais policiais estão entrando, valorização dos policiais militares, desativação do Presídio Central. É um conjunto de medidas. Estamos dando sim uma atenção muito séria e queremos a oportunidade de dar continuidade a este trabalho.

José Ivo Sartori: O Tarso se esforça bastante para dizer que a segurança melhorou. A população sabe que piorou. Existem condições muito adversas. Esta questão é geral. Não adianta citar outros estados, nós queremos saber do nosso local. É preciso acabar com a questão da drogadição. Queremos preparar as escolas, justamente para ter mais cuidado com a juventude.

Renegociação da dívida

Tarso: Aquele projeto foi aceito pela assembleia e foi uma negociação forçada pelo governo federal. Como nós resistimos até agora? Nós criamos uma base parlamentar que nos sustenta e apoia a proposta que nós fizemos. São questões de natureza política e tem que ser tratadas assim. 

Sartori: O Tarso se convenceu que tem que rebaixar as prestações que o Estado paga por causa da dívida. Esta situação é brutal para o Estado. Ele deveria ter cuidado melhor dos cofres do Rio Grande do Sul.

Saúde

Tarso: Se candidato Sartori for eleito, vai ter que dar continuidade ao que já está sendo feito. A gente faz qualquer pergunta e o senhor acha que é uma falta de respeito. Parece que o senhor não lê o seu programa de governo. Seu programa é impraticável por conta dos custos para os cofres públicos.

Sartori: É preciso avançar na saúda da família sim. Muitas propostas que o senhor Tarso fez está requentando agora. Esta é a prática de transferir responsabilidade, tirando dinheiro da educação e da saúde. Prometeu e não cumpriu. Vamos parar de colocar a culpa nos outros. 

Políticas Públicas para Mulheres

Tarso: O meu adversário não sabe o que é uma secretaria da mulher. Esta secretaria modificou o panorama da mulher em território gaúcho. Temos patrulha Maria da Penha e a proteção da mulher, além de um conjunto de programas que envolvem a mulher como protagonista. Se é para dizer que vai continuar programas, significa dizer que não tem proposta

Sartori: Nós não somos rancorosos nem raivosos para não levar isso adiante. Eu trabalhei durante oito anos e posso dar um testemunho sobre isso quando estive em Caxias do Sul, na prefeitura. Fizemos um trabalho olhando por todos os setores e diminuimos a morte por câncer de mama. Fizemos um orçamento comunitário por todos os bairros. A valorização da mulher se faz com programas de saúde.

Esportes

Tarso: O programa do meu oponente não fala nada sobre esporte. Ele não sabe que foi criada no RS uma secretaria separada para o Esporte. Centro estadual de esportes estava quebrado quando chegamos ao governo. Temos centro regionais que fazem a integração entre prefeituras e os programas esportivos. Parece que ele vai continuar com este programa

Sartori: Se você quer criar talentos, é preciso começar pelas escolas. Vamos investir na relação entre secretarias e não pode ficar só nos investimentos para a Copa. É lá na comunidade, com professores bons, escolas boas e acima de tudo no esporte. Tem que valorizar a cultura e o procedimento das artes.

FONTE: CORREIO DO POVO