Sem sinalização de Levy sobre repasses, governo gaúcho pode atrasar pagamentos de abril

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Sartori se reunião com ministro Levy nesta quinta em Brasília. Foto: Luiz Chavez / Palácio Piratin / DIvulgação / CP
Sartori se reunião com ministro Levy nesta quinta em Brasília. Foto: Luiz Chavez / Palácio Piratin / DIvulgação / CP

Ministro da Fazenda se reuniu com Sartori nesta quinta-feira em Brasília

A reunião do governador José Ivo Sartori com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no começo da tarde desta quinta-feira não teve evolução esperada peo governo gaúcho sobre o repasse de cerca de R$ 200 milhões da União ao Rio Grande do Sul relativos ao Fundo de Apoio às Exportações e atrasos da Lei Kandir. Com isso, os salários de abril dos servidores do Estado podem sofrer atrasos.

No encontro, Levy comunicou que não está previsto para esse ano os repasses de cerca de R$ 150 milhões do Fundo de Apoio às Exportações, valor bruto em atraso desde janeiro, e R$ 48 milhões relativos a quatro parcelas em atraso da Lei Kandir. Após a reunião, Sartori informou que o governo gaúcho se reunirá ainda nesta quinta  para tentar encontrar uma solução para o problema.

“Quero ressaltar a forma muito educada e positiva que todos nós apresentamos caminhos que poderiam ser feitos. Vamos continuar conversando e devo dizer que hoje em Porto Alegre teremos uma reunião para analisar a situação. Vamos ver como proceder”, disse.

O encontro desta quinta era considerado decisivo pelo governo gaúcho para o desfecho do pagamento dos salários do funcionalismo neste mês. A expectativa de Sartori era receber a sinalização sobre a data de liberação dos recursos para estabelecer atrasos em outros setores, caso de fornecedores, para garantir que os vencimentos sejam depositados em dia nas contas dos servidores.

Se houver a necessidade de atraso, a tendência é de que apenas os mais altos a partir de R$ 5 mil sejam atingidos, incluindo aí os vencimentos do próprio Sartori e do primeiro escalão da administração. A folha de pagamento apenas do Executivo, com encargos, está em cerca de R$ 1,2 bilhão. Considerando os demais poderes, o valor ultrapassa R$ 1,8 bilhão.

Fonte:Rádio Guaíba e Correio do Povo