Segundo organizadores, protesto reuniu cerca de 5 mil pessoas em Santa Maria

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17554406Servidores estaduais percorreram ruas da cidade e se reuniram na Praça Saldanha Marinho

Faixas, cartazes, apitos e sinetas foram as armas usadas pelos funcionários públicos estaduais para protestar na caravana unificada que tomou as ruas de Santa Maria nesta quarta-feira. Iniciado por Pelotas, na terça-feira, o movimento, que reúne 43 entidades ou sindicatos de servidores, deve passar nesta quinta-feira por Santana do Livramento, e seguir para Caxias do Sul (11/8), Passo Fundo (12/8) e Ijuí (13/8). A ideia é mobilizar servidores para a assembleia unificada, que ocorre dia 18 de agosto, no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre, e mostrar à população as consequências do parcelamento de salários determinado pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) no último dia 31. 

Em Santa Maria, desde o início da tarde, professores, policiais civis e militares e agentes penitenciários se aglomeravam em diferentes pontos da cidade. A maior concentração partiu do Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac, reunindo cerca de 300 professores, além de alunos que solidarizavam com os educadores. Ao longo do trajeto, que percorreu as ruas Coronel Niederauer, Serafim Valandro e Venâncio Aires, servidores da Susepe e da Polícia Civil se juntaram ao grupo. A multidão chegou até a Praça Saldanha Marinho por volta das 14h30min. Até as 16h, representantes de sindicatos se revezavam no palco para discursar.

Pela manhã, uma entrevista coletiva realizada na sede do Cpers em Santa Maria, demostrou que os servidores não vão aceitar o pedido de paciência do Piratini. Com a presença da presidente do Cpers, Helenir Aguiar, os representantes dos sindicatos da Susepe, Polícia Civil, Ugeirm, Daer e Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Sindsepers) deram um ultimato ao governador: ou a situação se normaliza até o dia 18 ou haverá greve geral. 

– Se até esta data, o governador não tirar o projeto de lei 206 (mecanismo que prevê o não pagamento de reajuste dos servidores) e começar a cumprir o que está na constituição, o Estado vai parar – ameaçou a diretora do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Semapi), Maria Helena de Oliveira.

No próximo dia 13, às 14h, os servidores estaduais devem se reunir na Praça Saldanha Marinho novamente, mas, desta vez, partirão em caminhada até a Câmara de Vereadores.

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