ZERO HORA: REFORÇO NO POLICIAMENTO

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XXXXSPOLÍTICA + | Rosane de Oliveira

A contratação de PMs aposentados para atuar no policiamento das escolas foi umas das poucas medidas concretas definidas no encontro que reuniu ontem o presidente da Comissão de Educação da Assembleia, Tiago Simon, e representantes das secretarias da Educação, da Segurança e da Justiça.

A Brigada Militar tem 936 PMs aposentados que poderiam retornar para reforçar o patrulhamento das escolas mais vulneráveis, mas o número a ser efetivamente contratado vai depender de um estudo da Secretaria da Fazenda, para não ultrapassar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Na reunião, o coronel Alfeu Freitas, comandante-geral, anunciou que a Brigada Militar também irá empregar bases móveis nas áreas mais violentas.

A instalação de câmeras de monitoramento no entorno de escolas e a conexão do sistema ao Centro Integrado de Comando e Controle Regional da Secretaria da Segurança estão em estudo, mas esbarram em dificuldades técnicas e orçamentárias.

A reunião de ontem foi motivada pelo recente ataque à Escola Estadual Erico Verissimo. O deputado Tiago Simon quer ampliar o debate para o combate à violência nos municípios que registram os mais altos índices de criminalidade.

Aliás

Explicação do Palácio Piratini para o fato de o governador José Ivo Sartori não ter ido à escola atacada por criminosos: ele acha que esse tipo de gesto é demagógico e oportunista.

ZERO HORA

MD_20160720182620materia_seguranca_escolaBM reforçará policiamento ostensivo no entorno de escolas da capital

Uma reunião entre as secretarias da Educação, Segurança Pública e de Justiça e Direitos Humanos tratou, na tarde desta quarta-feira (20), do combate à violência no entorno das escolas públicas em Porto Alegre. Como medida imediata, o coronel Alfeu Freitas Moreira, comandante-geral da Brigada Militar, anunciou o reforço do policiamento ostensivo nas regiões que registram maiores índices de ocorrências.

Além do reforço no patrulhamento, a Brigada Militar também irá empregar bases móveis nas zonas de maior descoesão social da capital. Também são estudadas alternativas que poderão ser adotadas em breve, como a instalação de câmeras de monitoramento no entorno de escolas e a integração do sistema ao Centro Integrado de Comando e Controle Regional da Secretaria da Segurança Pública.

As ações de prevenção à violência já realizadas pela Secretaria da Educação e pelos órgãos de segurança, como as Cipaves (Comissões Internas de Prevenção a Acidentes e Violência no Âmbito Escolar), o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) e o Anjos da Lei, serão intensificadas.

A reunião desta tarde foi motivada pelos recentes casos de violência registrados. O principal deles ocorreu na própria escola Érico Veríssimo, invadida no último final de semana por criminosos que furtaram notebooks, máquinas fotográficas e computadores que registravam imagens das câmeras de segurança. O grupo também depredou equipamentos e espalhou pó químico de extintores de incêndio em cerca de 30 salas.

O recesso escolar, que iniciaria a partir desta quinta-feira (21), começou na segunda-feira (18) na Escola Érico Veríssimo. Para que as aulas possam ser retomadas no mês de agosto, a Secretaria da Educação deu início ao processo de contratação de uma empresa especializada para realizar a limpeza prédio. Técnicos da pasta também elaboram o levantamento dos prejuízos.

“Vamos repassar à direção da escola recursos através da autonomia financeira, até o limite de R$ 150 mil (máximo permitido pela modalidade licitatória carta-convite). Este dinheiro será utilizado para reparos na estrutura e para a aquisição de equipamentos que foram destruídos”, afirma o secretário de Educação, Luís Alcoba.

Na segunda-feira, logo após a direção perceber a ação dos criminosos, o Instituto Geral de Perícias esteve no local e coletou provas. O material foi encaminhado para a Polícia Civil, que já identificou suspeitos.

Texto: Roberto Winter/Seduc, com informações de Claiton Silva/SSP
Edição: Secom