PIONEIRO: Foragido que participou da morte de sargento da BM, em Caxias, deveria estar cumprindo 23 anos de reclusão

61
Ismael Filipe Oliveira Ramos, 26 anos, é procurado desde 9 de fevereiro
Foto: Divulgação

Ismael Filipe Oliveira Ramos foi condenado pelo latrocínio de um idoso em 2009

Por: Leonardo Lopes

A Polícia Civil de Caxias do Sul apontou a participação de quatro homens na morte do sargento da Brigada Militar (BM) Edir Hendges Welter, em 23 de janeiro, durante uma tentativa de roubo de carro no bairro Pio X. O autor do disparo que matou o brigadiano seria Éder Martins Leite, 37 anos, conhecido como Bigola. Capturados em Nova Pádua, Rafael Antunes, 20, e Willian de Assis, 19, foram indiciados e seguem presos preventivamente.

O quarto envolvido, Ismael Filipe Oliveira Ramos, 26, é procurado da Justiça desde o início de fevereiro. Ele possui condenação de 23 anos de reclusão por outro latrocínio e recém havia progredido para o regime semiaberto, o que resultou em uma transferência automática para a prisão domiciliar devido à interdição do Instituto Penal.

O crime pelo qual ele foi condenado ocorreu em 19 de fevereiro de 2009, quando Ramos roubou e matou o caseiro Abilio Neris da Rocha, 70, em São Vergílio da 6ª Légua, no interior de Caxias, em conjunto com Dionísio Dutra e Diego Martini. Na ocasião, conforme denúncia do Ministério Público, os três comparsas foram à chácara onde a vítima trabalhava e simularam uma pane em seu carro.

Dutra, que tinha parentesco com o idoso, foi buscar uma lanterna emprestada e confirmou que o caseiro estava sozinho. O trio invadiu a propriedade e anunciou o assalto. Durante o roubo, Rocha foi baleado no peito e morreu.

O processo foi julgado em 23 de dezembro de 2009. Os três réus foram sentenciados pelo juiz Emerson Jardim Kaminski a 23 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. Ramos permaneceu recolhido até 16 de novembro de 2016, quando foi beneficiado com a progressão de regime por preencher os requisitos legais e ter conduta carcerária satisfatória.

Desde o latrocínio do sargento Welter, o paradeiro de Ramos é desconhecido. Sua última ação conhecida teria sido incendiar o Civic utilizado no latrocínio junto com a arma roubada do brigadiano.

Como o apenado não cumpriu os requisitos do regime semiaberto, a Vara de Execuções Criminais (VEC) determinou sua prisão em 9 de fevereiro. O mandado é para o cumprimento de mais oito anos e cinco meses de pena em regime fechado.