O DESABAFO DO CORONEL E AS “NOTAS” DA HIPOCRISIA

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O policial é a única barreira entre a sociedade e a barbárie, quando um policial é atacado, é a sociedade que fica enfraquecida.

Nesta semana o assunto que dominou manchetes policiais, entre outros, foi o desabafo do Coronel Quadros, Comandante do CRPO Centro Sul, referente a prisão de um adolescente “infrator” perante a lei , mas um criminoso para a sociedade, o qual num intervalo de uma semana, foi preso duas vezes e liberado pela justiça.

Esta ocorrência nem de perto é um caso isolado, o que mais acontece no dia a dia dos policiais, é a conhecida tarefa de “enxugar gelo”, o policial tira o criminoso da rua e a justiça devolve com a mesma rapidez.

Mas o que chamou atenção não foi fato, pois é comum e cotidiano,  foram notas descabidas das entidades que representam os Juízes e o Ministério Público, que numa agilidade oportuna apressaram-se para pedir punição do policial, o qual estava apenas  cumprindo sua obrigação.

Na contrapartida, estas mesmas entidades, não fazem o Governo do Estado (para o qual EXIGEM a punição do Coronel) cumprir decisões judiciais em favor dos servidores, os quais, em sua grande maioria não recebem 1/3 do valor do auxílio moradia do judiciário, constituindo assim uma justiça com medidas desiguais. Não vimos publicado na mídia nenhuma linha sobre os ESCANDALOSOS casos envolvendo seus integrantes, entre tantos, citamos por exemplo: a Juíza de Cuiabá que concede liberdade ao seu filho traficante, aos juízes envolvidos em venda de sentenças, os quais são punidos com uma “SEVERA APOSENTADORIA”. Não encontramos nenhuma manifestação do Ministério Público sobre o desembargador que vendia informações da operação lava jato aos criminosos empresários da JBS.

Ao contrário, vemos o Ministério Público e o Judiciário calarem-se perante denúncias de salários pagos aos seus integrantes, que beiram fortunas mensais, vantagens concedidas legalmente por decisões em causa própria, na contramão da realidade, pois temos no Brasil, uma grande parcela da população sem o básico: saúde, educação e segurança.

Os noticiários nacionais mostram que boa parte da justiça optou por andar de mãos dadas com a política, talvez por isso a queda de sua credibilidade. Mas temos em tempos melhores e com  MAIS JUSTIÇA.

Por fim, a ASSTBM optou em defender o policial, pois como dissemos no início desta nota, quando defendemos o policial, defendemos a sociedade.

Aparício Santellano – Presidente da ASSTBM