Correio do Povo: Adesão ao regime de recuperação não garante pagamento em dia dos salários, diz governo

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Secretário da Casa Civil, Fabio Branco | Foto: Nabor Goulart / Casa Civil Palácio Piratini / CP

Secretário da Casa Civil disse apenas que, sem plano Estado, entra em “colapso”

O único plano do Piratini para retirar o Rio Grande do Sul da crise não traz garantias aos servidores do Estado, que, desde fevereiro de 2016, estão recebendo os salários parcelados. Mesmo com a adesão ao regime de recuperação fiscal, o governo não assegura pagamentos em dia.

“Não posso garantir isso. Mas posso garantir que se não existir adesão, o Rio Grande do Sul entra em colapso ainda esse ano”, disse o secretário da Casa Civil, Fabio Branco, nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Guaíba.

No último dia 29, quando teve a primeira sessão extraordinária na Assembleia Legislativa para votar a adesão, o governador José Ivo Sartori se limitou a dizer, à Rádio Guaíba, que “seria possível” quitar os salários em dia.

“Governo preguiçoso”, diz oposição

Para a oposição, o governo de Sartori é “preguiçoso” ao apostar apenas na adesão ao regime de recuperação fiscal, para aliviar as contas públicas. O deputado Tarcisio Zimmermann (PT) entende que apoiar a regulamentação da Lei Kandir, para garantir recursos ao Estado, seria uma outra opção.

Em entrevista à Rádio Guaíba, o deputado disse que os partidos de oposição propuseram ao governador Sartori, em 2017, um empenho para pressionar o Congresso Nacional a regulamentar a Lei, mas nada foi feito pelo Piratini.