“Mortes nos chocam, mas não vamos esmorecer”, diz chefe da Polícia Civil

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Nadine Anflor afirmou que operações e investigações não serão prejudicadas

CORREIO DO POVO

Perícia está no local do crime | Foto: André Mello / Especial / CP

Após a morte do policial Edler Gomes dos Santos na manhã desta terça-feira, a chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Nadine Anflor, disse que a categoria está chocada, mas que o trabalho da corporação não será atingido. Em coletiva de imprensa em Montenegro, a delegada afirmou que há muito tempo “não víamos policiais tombando em tão curto espaço de tempo. Isso nos choca, mas não faz com que a gente esmoreça. Vamos continuar combatendo a criminalidade com toda a garra”, ressaltou. 

A perícia ainda está num distrito cerca de 15 minutos do centro de Montenegro. O delegado regional Marcelo Farias Pereira informou que o policial Alexandre Machado, ferido durante operação que vitimou o escrivão de 54 anos, será transferido para um hospital da Região Metropolitana. Ele foi atingido por estilhaços da bala de espingarda calibre 12, segundo o delegado. O alvo da busca e apreensão, que também morreu na operação, não teria respondido aos chamados de rendição feitos pelos policiais.

Edler estava lotado na Delegacia de Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc). O policial era escrivão formado desde 2010. A operação desta manhã foi planejada durante dois meses e previa ações em 37 cidades do Estado. Segundo a Anflor, policiais do Denarc foram convocados justamente para auxiliar na segurança dos colegas.

Essa é a quarta morte de um agente policial em menos de três semanas no Rio Grande do Sul. O último caso ocorreu na quarta-feira da semana passada, quando o soldado da Brigada Militar Gustavo de Azevedo Barbosa Júnior, 26 anos, foi morto a tiros durante uma abordagem na zona Sul de Porto Alegre. Antes disso, os policiais militares Rodrigo Seixas e Marcelo Feijó foram baleados e mortos na rua Paulina Azurenha, na zona Leste da Capital.