Sem acordo de lideranças, projeto da Carreira da Brigada Militar será votado em fevereiro.

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Em reunião, líderes definiram a pauta de votação de hoje e amanhã | Foto: Joel Vargas / ALRS

Os líderes das bancadas não fecharam acordo para colocar em pauta na sessão de amanhã o projeto do governo do Estado que trata de mundanças no plano de Carreira da Brigada Militar (BM).  A decisão de adiar a análise em plenário ocorreu na reunião no final da manhã na Assembleia Legislativa. Como amanhã será a última sessão antes do recesso parlamentar, o texto deverá ser votado somente em fevereiro de 2022. 

Ontem à noite, o governo chegou a sugerir alterações ao projeto de lei complementar (PLC) e reduzir resistências. O deputado Luiz Marenco (PDT), que presidiu uma Comissão de Representação Externa sobre o tema no Parlamento, destacou que o texto apresentado pelo Executivo divergia do que havia sido construído pelas associações e o Comando-geral da instituição. Pontua questões como a extinção do CTSP e a promoção exclusivamente por antiguidade, além de curso superior para ingresso na carreira. 

“O plano de carreira é uma dívida que temos com os praças da BM e precisa ser implementado, mas o plano original, aquele que foi debatido e construído com a categoria. O que o governo apresentou é uma aberração. Ter conseguido mais um prazo para negociarmos e sensibilizarmos o Parlamento e o Executivo em relação às reais demandas dos soldados foi uma grande vitória. Agradeço muito aos colegas deputados que tiveram essa compreensão e adiaram a votação do texto atual”, disse Marenco.

Definição da pauta de votações 

Diante do início do recesso parlamentar, na quinta-feira, ficou definido que haverá votações hoje e amanhã na Assembleia. Não haverá Grande Expediente uma vez que os deputados Gabriel Souza (MDB) e Ernani Polo (PP) desistiram de utilizar o período para que as votações já iniciem no começo das sessões.

Os líderes também inverteram a pauta de votações de hoje, composta por 38 matérias, das quais quatro do Executivo trancam as seguintes. Para as sessões de quarta-feira, há oito matérias a serem deliberadas, incluindo a que trata da reposição salarial do magistério e outras quatro do Executivo que também trancam a pauta.

CORREIO DO POVO