A hora da Segurança Pública

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Créditos: Eugênio Amorim, Promotor de Justiça

Dias atrás um familiar me perguntava se algum fator em específico norteava minha confiança nas próximas eleições e, embora haja inúmeras prioridades, não tive dúvida em marcar a segurança pública como fundamental. Vivemos um momento de tamanha crise da segurança publica que nosso grande incômodo e preocupação, às vezes pavor mesmo, é de sermos assaltados, mortos ou que façam algo nestes moldes a nossos filhos que transitam pelas ruas, na noite ou no dia.

Os marginais cometem crimes à vontade, seja pela falta de planejamento primário de segurança pública, ou seja pelas simples ausências de policiais militares nas ruas ou ainda porque longe de estarem presos os bandidos caminham soltos pelas ruas, sob o manto de garantias e direitos que não enxergam o cidadão que busca viver minimamente em paz em sociedade.

Então é certo que não posso confiar em políticos que tem o registro de sua história e mesmo nas filosofias partidárias o gosto e simpatia com criminosos de todas as espécies. Refiro-me aqueles que vivem a sustentar a besteira de que bandido é coitadinho, vítima da sociedade ou de um sistema capitalista cruel.

Não senhores! Bandido e criminoso são facínoras, rapinantes e parasitas que agridem e assustam humildes trabalhadores de boa paz e pessoas que conseguiram seus bens e posição a despeito de muito suor, independentemente das mesmas dificuldades sociais. Também não vou confiar em quem sucateia a polícia militar, pagando muito mal os servidores, estruturando mal o policiamento e utilizando-se de tais funcionários para fins que não policiamento de rua.

Não confiarei em quem, a despeito de investir em Delegacias de polícia, dando a ideia de considerar a investigação importante ao combater o crime, vira as costas para o setor de perícias – IGP e IML, desvestindo com uma mão o que pretendeu parecer cobrir com outra.

Jamais vou dar minha confiança a quem não faz o menor investimento na construção de presídios, tão necessários a que os marginais fiquem presos e não nas ruas, e depois transige com tornozeleiras da impunidade, regalias em presídios e coisas que tais, que põe em dúvida se o Estado ou os bandidos mandam no sistema prisional.

Reitero que cada vez mais na história deste país vivemos apavorados, sem poder andar nas ruas, com medo de sermos assaltados e mortos, e pior não estamos sequer tranquilos dentro de nossas casas, a todo instante invadida por bandidos sem o menor escrúpulo com as famílias e pessoas trabalhadoras.

Eu sei que em todos os segmentos políticos há pessoas más, incompetentes e que detém históricos bastantes comprometidos, mas tenho que ter uma bússola, um norte. E esta, reitero, é a segurança pública.

Portanto, respondendo a pergunta do meu familiar e expondo estas ideias ao público que ora faz a leitura desta crônica: estarei sempre, em todas as esferas e searas, com aqueles que me possam garantir o mínimo de segurança pública e que sejam duros e muito empenhados contra a criminalidade. E, como óbvio, por outro lado, nego minha minima confiança a turma dos direitos humanos de um olho só, aos amigos de bandidos e tolerantes da criminalidade.

Comigo não contem!