Mesmo com a remoção de 1,3 mil policiais, Famurs mantém tese de que segurança vai ficar prejudicada no Interior
O Chefe do Estado Maior da Brigada Militar, Alfeu Freitas, confirmou que o número de policiais deslocados do Interior para a Capital, a fim de reforçar a segurança durante a Copa do Mundo, é inferior ao estimado inicialmente, de dois mil. “Não chega a isso, mas vou arredondar e garanto que a remoção não ultrapassa a um contingente de 1,3 mil PMs. As cidades do interior não vão enfrentar problemas porque as férias de toda a corporação foram canceladas e vai ser possível readequar o quadro”, esclareceu.
A Operação Copa deve se iniciar na próxima sexta-feira e se estender até 15 de julho. Os reforços vão ocorrer tanto na Capital, quanto em cidades da região Metropolitana. Além do entorno do estádio Beira-Rio e dos locais das Fan Fest, o policiamento vai ser ostensivo em áreas de hotéis onde turistas vão se hospedar.
Mesmo pagando diárias, com parte do valor destinado a hospedagem, o comando da Brigada Militar confirmou dispor de alojamentos para abrigar parte dos 1,3 mil PMs. O objetivo é manter o controle sobre a tropa e deixá-la a postos para qualquer eventualidade. “Nós vamos nos manter atentos e não podemos ficar procurando policiais em hotéis em meio a uma ocorrência. O efetivo precisa ficar à nossa disposição num lugar determinado e a qualquer horário”, ressaltou Freitas.
O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Valdir Andres, mantém a tese de que a segurança vai ficar prejudicada no Interior. Porém, o entendimento é de que o governo ouviu o alerta da entidade e demonstrou flexibilidade. “Se hoje, não estão vindo dois mil policiais é porque o governo compreendeu as queixas da Famurs e também porque nossos argumentos são convincentes. Ainda assim, a insegurança que já existe, até mesmo na área rural, vai aumentar. Essa perspectiva não muda”, lamentou.
