Ceará: Exército e Força Nacional podem entrar em confronto com policiais e bombeiros

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Até o arcebispo de Fortaleza foi chamado para intermediar um diálogo. Dá para perceber a importância das polícias para a sobrevivência humana?

Que conseqüências podem trazer o abandono da segurança púbica? No último sábado (31), tropas do Exército e da Força Nacional tentaram resgatar as viaturas que estão em poder dos policiais e bombeiros militares do Ceará, que avisaram entrar em greve na quinta-feira (29), caso o governo do estado não atendesse às antiga reivindicações da categoria.

O EB e a FN não conseguiram tomar os veículos e prometeram voltar com mais força para cumprir a missão. Há temores de que um confronto acabe em tragédia, já que os bombeiros e policiais estão dispostos a dar prosseguimento ao movimento.

A falta que faz a polícia e os bombeiros nas ruas é tão preocupante que até o arcebispo de Fortaleza, Dom José Antonio Tosi, foi chamado para intermediar um acordo entre as partes, na manhã desta segunda-feira (2). A associação dos militares já informou: “só voltaremos às ruas com as reivindicações atendidas.”

As reivindicações não são nada mais do que o óbvio para oferecer segurança pública ao cidadão. De acordo com o presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar e Bombeiros Militares do Ceará (Aspramece), Pedro Queiroz, a folha do Ceará mostra que existem 14 mil policiais no estado, mas 7.400 estariam licenciados. “A ONU diz que seriam necessários 33.700 policiais no nosso estado”, afirma Pedro.

Como se não bastasse trabalhar em dobro, os salários pagos aos policiais não dignificam nem metade dos serviços de quem combate o crime neste país. Se os governos investissem verdadeiramente em segurança pública, uma eventual tragédia anunciada não estaria tão visível. Que conseqüências podem trazer a política do abandono?

O bispo e a valia

Não é toda hora que se vê o Exército, a Força Nacional e o bispo de uma metrópole ‘negociando’ a solução de um problema. Dá para entender o quanto as polícias são importantes para a sua vida, cidadão? Mas como está sendo ‘tratada’ essa importância na sua vida?

O voto e a ‘democracia’

Quando os candidatos ao governo estão em plena campanha política, fazem de tudo para conquistar o voto do eleitor – e do policial –, usando todas as formas ‘psicomidiáticas’ que o levem ao assento do Poder. A oposição também deve ter esse direito.


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