Sargento da BM pode ter sido morto com a própria arma em Caxias do Sul, diz delegado

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14651672Polícia Civil acredita que criminoso não estava armado após assalto

A Polícia Civil investiga desde a madrugada desta quarta-feira a morte do sargento da Brigada Militar (BM), Jorge Alberto Amaral, ocorrida na noite de terça em Caxias do Sul. A vítima foi baleada e morreu depois de perseguir uma dupla de assaltantes que havia roubado um carro no bairro Madureira.

O delegado Ives Trindade, titular da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) da cidade, acredita que Amaral ouvia um rádio particular na frequência da BM quando soube do roubo. Imediatamente, teria iniciado a perseguição e abordado o condutor.

— O motorista desceu do carro e iniciou uma luta corporal. Se estivesse armado, não sairia do veículo— explicou o delegado.

O outro bandido trafegava em uma moto e manteve a distância no momento do assassinato.

Apesar de as testemunhas terem escutado dois disparos, a vítima possuía apenas um ferimento no pescoço.

— Acredito que o sargento tenha sido baleado com a própria arma — afirmou Trindade.

A tese do delegado é reforçada pelo sumiço do revólver 38 de Amaral. Ainda não há suspeitos do crime e a Polícia Civil conta com o apoio da BM para realizar buscas na região.

O sargento é de família de policiais militares e irmão do capitão Juliano Amaral, que ficou conhecido por liderar o resgate dos reféns após o ataque a uma fábrica de joias deCotiporã, no dia 30 de dezembro de 2012.

Irmão de policial que liderou libertação de reféns em Cotiporã é morto em Caxias do Sul

Sargento da reserva, Jorge Alberto Amaral, 44 anos, perseguiu assaltantes e acabou atingido por disparo

Ao tentar interceptar dois homens que haviam roubado um veículo na noite de terça-feira, em Caxias do Sul, o sargento da Brigada Militar Jorge Alberto Amaral, 44 anos, foi morto por criminosos.

O policial militar, que estava na reserva, era irmão do capitão da BM Juliano Amaral, que se notabilizou por sua atuação em uma operação em Cotiporã, no final de dezembro.

A ação dos bandidos começou no bairro Madureira, quando a dupla, a bordo de uma motocicleta, teria abordado o dono de um veículo Spin na Rua Virgílio Ramos, nas proximidades do Hospital Virvi Ramos, antigo Fátima.

O dono do carro, que chegava em casa quando foi surpreendido, não reagiu ao ataque. A dupla de assaltantes fugiu, um deles conduzindo a moto, o outro o veículo roubado. O proprietário do carro levado não sofreu ferimentos.

Ainda não se sabe como Jorge Alberto ficou sabendo do assalto. De qualquer forma, informado da ocorrência, possivelmente por rádio, ele teria iniciado por conta própria a perseguição dos bandidos pilotando outra motocicleta, de sua propriedade. A busca aos bandidos se estendeu por alguns quilômetros e acabou na Rua Cristiano Ramos de Oliveira, próximo à esquina com a Avenida Perimetral Bruno Segalla.

No local, o sargento, que estava na reserva havia aproximadamente 30 dias, alcançou os bandidos e entrou em luta corporal com o tripulante da outra motocicleta. Foi então que foi atingido por pelo menos um disparo no pescoço e acabou morrendo no local. A Spin foi abandonada no ponto em que ocorreram os disparos.

O sargento é de família de policiais militares e irmão do capitão Juliano Amaral, que ficou conhecido por liderar o resgate dos reféns após o ataque a uma fábrica de joias de Cotiporã, no dia 30 de dezembro de 2012.

As nove pessoas, entre elas uma criança, foram encontradas à noite, depois de ficarem cerca de 20 horas desaparecidas, na localidade de Santa Lúcia, a aproximadamente cinco quilômetros de onde foram levadas pelos criminosos.

Pelo Twitter pessoal, o capitão Juliano publicou em tempo real a informação sobre a liberação: “Estamos com as nove vítimas sãs e salvas e bem. Deus seja louvado!”.

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