Nas delegacias e quartéis, a espera por novo comando gera inquietação

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COTADTENDÊNCIA É DE QUE FUTURO chefe das polícias gaúchas seja buscadona esfera federal. Nomes de três delegados da PF estão sendo cogitados

Aexpectativa pelo anúncio da nova cúpula da Secretaria da Segurança Pública (SSP) põe em ebulição as forças policiais gaúchas.

Depois das negociações com o PDT, e a negativa de Vieira da Cunha, o governador eleito José Ivo Sartori (PMDB) estaria disposto a convidar um delegado da Polícia Federal (PF). A sugestão teria partido do secretário de Segurança do Rio, delegado federal José Mariano Beltrame.

A tendência é de que Sartori convide um técnico sem vínculo direto com Brigada Militar ou Polícia Civil – para evitar desconforto à corporação preterida –, mas com habilidade em lidar com os problemas da pasta. Nos bastidores, despontam os nomes de três delegados federais (veja ao lado).

Enquanto Sartori não bate o martelo para a SSP, também florescem especulações sobre quem vai comandar a Polícia Civil e a Brigada Militar (BM). O ritmo em quartéis e delegacias é de marcha lenta, aguardando janeiro chegar.

– Estamos em compasso de espera. Nenhum projeto a médio prazo é tocado porque não se sabe o que vai acontecer. Em três semanas, teremos outro governo – afirma um delegado da Polícia Civil.

Na Brigada Militar, o clima é semelhante, agravado pela decisão do Tribunal de Justiça do Estado, que anulou em outubro 277 promoções de oficiais desde 2012.

– Há uma ansiedade enorme para que o novo comando represente o retorno da segurança institucional à corporação. A Brigada vive uma instabilidade inédita na sua história. Tenente-coronel não sabe se voltará a ser major, major não sabe se será promovido – lamenta um graduado oficial.

A escolha do futuro secretário tem sido debatida em reuniões com a presença de oficiais da reserva da BM, ex-integrantes do governo Antônio Britto (PMDB) e de pelo menos três delegados da Polícia Civil.

JOSÉ LUÍS COSTA