Rádio Guaíba: Secretário da Segurança garante que presídio federal não resolverá superlotação no Estado

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Temer anunciou ontem intenção de construir presídio federal de segurança máxima no Estado

Depois do anúncio do presidente Michel Temer da construção de um presídio federal no Rio Grande do Sul, a Secretaria da Segurança aguarda a disputa entre prefeitos para determinar a cidade onde o complexo poderá ser construído. Entretanto, o governo do Estado também não tem informações precisas além do anúncio feito ontem pelo presidente da República em Esteio.

Mesmo se a nova penitenciária federal sair do papel, o Estado não vai resolver o problema de superlotação somente com a implementação de um presídio federal, admite o secretário Cezar Schirmer.

“O presídio federal é muito importante, mas não resolve o problema da superlotação. Ele (o prometido presídio) vai receber os ‘capos’ da criminalidade. O que comprova a necessidade de construção é o fato de haver somente cinco presos gaúchos em cadeias federais. Portanto, essa casa prisional vai atender a detentos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, sustenta.

A área onde a penitenciária será erguida precisa ter 25 hectares, ser plana e próxima a um aeroporto. Apesar da demora na entrega dos presídios pelo governo federal, considerando os quatro anos de atraso para a construção de uma cadeia semelhante no Distrito Federal, Schirmer garante que um complexo de segurança máxima é o primeiro passo para evitar as “escolas do crime”.

“Como se resolve o problema do sistema prisional? É fazendo prisões diferentes do que vem acontecendo até agora, que são depósitos de presos, muitos deles superlotados, que funcionam como escolas de criminalidade. Colocar presos por não pagar pensão alimentícia com capos do crime não pode dar certo. Quem entrou por crime menor sai pior do que entrou”, avaliou.

A penitenciária de segurança máxima prometida ao Estado faz parte de um conjunto de cinco unidades anunciadas por Temer para todo o país e que integram o Plano Nacional de Segurança Pública. Os presídios de segurança máxima devem ser erguidos em cinco estados, ao custo de R$ 45 milhões cada. Não há prazo para início das obras.

 
 
Fonte: Samantha Klein/Rádio Guaíba